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Save the date!

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Revista INTRO e 33 lugares na Alemanha que marcaram a história da música pop

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Vamo falar de coisa boa? Tem uma revista alemã de música e cultura muito boa dando sopa por aí. É a INTRO, e você com certeza já viu alguma jogada por aí! Afinal, essa revista, altamente recomendada pela nossa equipe, é disponibilizada absolutamente de graça em pontos estratégicos no país.

Você também pode folhear a revista online aqui.

O negócio é que a edição de marco tem uma matéria muito legal com os 33 lugares na Alemanha que marcaram a história da música pop. Desde o hotel onde o Michael Jackson pendurou seu bebê de poucos meses em Berlim, até o estúdio em Düsseldorf onde o Kraftwerk fez suas primeiras gravações. Li a matéria e selecionei os lugares mais interessantes:

Leipzig – Foi em uma casa de shows nessa cidade que o Rammstein, banda alemã mais famosa internacionalmente (alguns vão dizer Scorpions), fez seu primeiro show para apenas 15 pessoas em 1994.

Ostsee – Foi na paradisíaca ilha Fehmarn na costa leste da Alemanha que Jimi Hendrix fez seu último show, no dia 6 de setembro de 1970, durante o Open Air Love & Peace Festival. No fim desse mês, ele morria em Londres.

Rottach-Egern (Baviera) – Foi em uma famosa clínica para pacientes de câncer onde outros prominentes já haviam marcado ponto, entre eles Steve McQueen, que Bob Marley passou praticamente suas últimas horas. O tratamento contra o câncer de pele infelizmente não deu certo e, ao voltar para os EUA, ele morreu apenas 40 horas depois em Miami.

Berlim – Bem, essa com certeza vai ser minha próxima parada quando em Berlim: visitar o túmulo da Nico, que fica no cemitério Grunewald-Forst. Ela morreu em Ibiza em 1988 e foi enterrada na capital alemã junto a sua mãe, Margarete.

Landsberg am Lech (Baviera) – Foi em Landsberg que Johnny Cash comprou seu primeiro violão e fundou sua primeira banda! Na época ele estava estacionado na região como sargento das tropas americanas. O nome da banda: The Landsberg Barbarians. Como se não bastasse, também foi ali que ele escreveu a música “Folsom Prison Blues”.

Weilerswist (Nordrhein-Westfalen) – Era nessa cidadezinha entre Eifel e Colônia que entre os anos de 1971 e 2007 o Can, uma das bandas mais seminais do Krautrock, tinha seu estúdio.

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Mörfelden-Walldorf (Hessen) – Essa é com certeza a melhor de todas. Em um estúdio na rua Gerauer Straße o compositor e produtor alemão Nosie Katzmann compôs o hit “Mr. Vain”, pérola do Eurodance. Cumequié? Nao tá ligando o nome à música, peraí que eu ajudo.

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O item mais indispensável EVER para suportar o inverno alemão

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Oi, amigo que viu um fiapo de Sol no fim do túnel e foi logo pensando que a primavera na Alemanha já ia começar! Um beijo!

Pois é, voltou a nevar e fazer graus negativos e tivemos que voltar a pegar friagem frische Luft bem geladinho por aí. Mas isso não é um problema, uma vez que a esperança é a última que morre e você está lendo este post que vai te dizer qual o item mais indispensável de todos os tempos para não morrer na beira da praia.

*Disclaimer*
Esse é um post desenvolvido especialmente para aqueles cuja circulação do sangue não funciona muito bem, ocasionando a patologia que caracteriza o indivíduo como friorento. Sigamos.

Existe um apetrecho que é indispensável para quem fica sempre com os pés e mãos gelados dentro de casa. Se chama Wärmflasche, ALSO KNOWN AS, a boa e velha bolsa de água quente. Isso, aquela que você usava para aplacar cólicas menstruais no Brasil, aqui serve para aplacar mazelas muito mais graves. O FRIO!

Eu sou (muito) friorenta. E a bolsa de água quente simplesmente é minha melhor amiga de todas as horas na minha vida de alemanete. Ela está comigo quando preciso trabalhar no computador, ver filme no sofá, dormir, comer, rezar e amar.

Para que o uso da bolsa de água quente seja o mais eficiente possível, é recomendado que você tenha um daqueles “Wasserkocher”, esta engenhoca desconhecida de nós brasileiros em nossa vida pré-Alemanha, mas extensão do nosso ser pós-Alemanha. Este fervedor de água vai te ajudar para que você faça uso da sua Wärmflasche o mais rápido possível.

A oferta destas bolsas é grande no mercado. De todas as cores e formatos, algumas até vendidas em Sex Shops, a Wärmflasche, e não o cachorro, é o melhor amigo do homem alemão. A bolsa de água quente também acaba sendo um presente super bacana para dar de Natal, uma vez que alemães adoram presentar seus semelhantes com coisas úteis, né?

waermflasche-herz-weissWärmflasche, ich liebe dich.

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A Namíbia e as ‘GDR kids’

kindergruppe-schloss-bellinImagem tirada daqui.

Uma história interessante que li há alguns dias no jornal Die Zeit, e que também faz parte da lista seleta de assuntos que eu dificilmente teria acesso não fosse o querido e eficiente sistema de feeds do meu email, foi a das crianças trazidas da Namíbia para a Alemanha Socialista. Você conhecia esta história? Eu não.

Essas crianças viveram o drama de serem praticamente deportadas para a Alemanha, e de repente depois terem que voltar para a recém-independente e capitalista Namíbia, após a queda do Muro de Berlim.

Hoje aquelas crianças de então seguem caminhos totalmente diferentes.

É o caso de Paul Shilongo. Quando tinha apenas quatro anos, na Namíbia, o fizeram embarcar para uma “galaxy far, far away”: a República Democrática da Alemanha. Paul era uma das crianças namibianas que passariam a infância na Alemanha socialista. As crianças moravam em uma espécie de internato onde eram criadas como líderes em potencial para continuarem a chamada “elite socialista” na Namíbia. “Vocês vão construir a Namíbia de novo!”, é a frase que vem nos sonhos de Paul até hoje.

O esquema era quase militar. As crianças deviam desenvolver suas habilidades corporais, independência e acima de tudo serem educadas para o serviço militar. “Zucht und Ordnung”, disciplina e progresso eram as palavras chaves da criação. Na escola, quem tirasse um 9 era punido de alguma forma. Havia também a educação político-ideológica, a mais importante de todas.

O destino dessas crianças era trabalhar como médicos, burocratas, economistas, etc, no futuro Estado socialista da Namíbia, se tivesse havido um.

Em 1990, depois da reunificação das Alemanhas, as crianças namibianas precisaram retornar ao seu país de origem, porque não houve um programa cultural que as integrasse na nova realidade alemã. As “crianças” já eram adolescentes em seus cerca de 15 anos e voltariam a viver em uma cultura totalmente diferente, mas ainda a de sua terra natal. Algumas nem falavam mais sua língua materna. Só alemão, fluente e sem sotaque.

No momento da volta, o então recém-eleito novo presidente da Namíbia, Sam Nujoma, tratara as crianças como “heroínas da luta pela liberdade”. Na mídia ficaram conhecidas como “GDR (German Democratic Republic) kids”. Depois foram esquecidas.

Os pais de Paul e muitos outros morreram em conflitos nos anos 70 entre Angola e África do Sul. A Namíbia, que antes da independência chamava-se África do Sudoeste, fica entre os dois países, em posição estratégica). Em um desses ataques, em maio de 1978, o exército sulafricano bombardeou Angola e milhares de pessoas perderam a vida. A situação de calamidade fez com que a SWAPO (South-West Africa People’s Organisation, o movimento marxista de guerrilha contra a ocupação sulafricana do país) pedisse ajuda aos países do bloco comunista e a RDA respondeu que poderia cuidar em seus hospitais dos soldados e civis feridos no bombardeio.

Estava no pacote de ajuda também receber os filhos de refugiados vivos ou mortos no conflito. Até 1989 embarcaram 400 crianças namibianas neste esquema para a região de Mecklenburg, ao norte da Alemanha.

Paulo lembra de um homem chamado Abel Shafa Shuufeni, o encarregado de cuidar das crianças, e suas frases preferidas: “Vocês precisam dar o melhor de vocês na escola para serem os melhores! Vocês serão os futuros líderes da terra de vocês!”. Paul ri, afinal, hoje ele vive de limpar carros e ganha o equivalente a 1 Euro por dia.

Órfão, Paulo foi adotado por uma família de origem alemã quando retornou à Namíbia. Eles pretendiam continuar com a “educação alemã” que o menino tinha recebido, ou seja, sempre alerta para disciplina, limpeza e ordem. Aos 17 anos Paul começou a beber e seguir um caminho não muito exemplar para essa equação de valores germânicos. “Ele não era alemão, era apenas um negro que sabia alemão”, conta sua mãe adotiva hoje. Os dois não têm mais contato.

Apesar do sistema de internato em que vivia, Paul lembra da RDA com saudades e nostalgia que poucos alemães ainda conseguem lembrar. A terra onde foi pela única vez feliz.

Este texto foi publicado em 24.11.2010 no Blog do Noblat.

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Viciados em Schnaps

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Schnaps é toda e qualquer bebida destilada. Todo alemão do Leste tem no armário várias garrafas de Schnaps para várias ocasiões da vida. Seja um resfriado, uma dor de barriga, uma azia, uma orgia gastronômica, uma ressaca ou uma celebração.

Quando cheguei aqui, estranhei essa mania. “Peraí, vão me dar Schnaps ao invés de vitamina C? Mas eu tô resfriada!”. E assim, em quase 2 anos fui ganhando toda uma nova imunidade no meu sistema imunológico antes falho. O problema é que me tornei meio alcóolatra, grosso modo.

O costume de beber Schnaps, típico do Leste alemão, foi objeto de estudo durante 4 anos do historiador Thomas Kochan. De sua tese, saiu o livro “Blauer Würder – So trank die DDR”, uma pesquisa sobre a presença do álcool nas casas da RDA. Kochan concluiu que a relação dos “Ossis” (alemão do Leste) com a bebida era acima de tudo uma relação afetiva.

Seja por falta do que fazer no tempo livre ou para relaxar na rotina do sistema comunista, os Ossis gostavam de saborear uma Schnaps mais do que tudo. Mas nessa minha afirmação mora um preconceito e um clichê. Na pesquisa para a tese, Kochan não encontrou evidências de que as pessoas bebiam para fugir daquela aborrecida realidade e sim para celebrar um dado momento ou simplesmente saborear um licor, uma vodka, um rum, um conhaque.

A República Democrática da Alemanha bebeu realmente muito. Em 1955 uma pessoa na RDA bebia 4,4 litros de Schnaps por ano. Em 1988 eram 16 litros, ou seja, quase 23 garrafas por ano.

A pesquisa para a tese mudou a vida de, Kochan, que esse ano abriu uma pequena loja de Schnaps em Berlim chamada “Schnapskultur”.

Uma das minhas Schnaps preferidas é o clássico Kräuterlikör: um preparado de alguma bebida de alto teor alcóolico com ervas. Tem gosto de Biotônico Fontoura, mas você se acostuma. Logo abaixo na minha lista de preferências vem o Eierlikör, um licor que leva gema de ovos na preparação. É tão gostoso e docinho – por isso aparentemente inofensivo – que chega a ser a primeira Schnaps na vida das crianças alemãs. E também ingrediente de bolos, sorvetes e coberturas. Hummm.

Mas se você me perguntar o que eu mais gosto nesse contexto da Schnaps, eu lhe digo: do ritual. Como eu moro em Dresden e visito com frequência cidadezinhas aqui pelos arredores da ex-RDA, consequentemente acabo participando do ritual da Schnaps na mesa das famílias alemãs.

Depois das refeições, cada um ganha um copinho com a pinga da vez: jovens, adultos e velhos. Se alguém foi ao banheiro ou fazer outra coisa, é de lei esperar-se que a pessoa volte à mesa para completar o grupo e, enfim, brindar. “Prost!” E tome Kräuterlikör. Afinal, só assim para digerir tanto porco, batata e chucrute, né?

schnaps_1604155Charge daqui.

 

Texto publicado em 04.2011 aqui.

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Dica de filme: “Sophie Scholl” (2005)

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Sim, outra dica de filme, aproveitando uma notícia da Deutsche Welle compartilhada no Feice hoje pela Ivana. Peralá que a notícia tem a ver com o filme! Mas é melhor lê-la antes, pra eu não ter que explicar tudo de novo.

Corta. Agora você já sabe um pouco sobre o Weiße Rose, movimento estudantil de resistência a ditatura de Hitler.

Em fevereiro de 1943, este movimento, composto por 5 pessoas, organizou uma ação na Universidade  Ludwig-Maximilians (LMU, para os íntimos, a segunda maior Uni da Alemanha) para distribuir folhetos anti Hitler entre os estudantes. Por causa disso, os integrantes que participaram ativamente da ação foram condenados à decapitação alguns dias depois.

Tudo isso é mostrado no filme, com atenção especial para a irmã de Hans Scholl, Sophie (interpretada pela atriz queridinha Julia Jentsch). O filme é sobre a vida desta jovem, que infelizmente morreu muito cedo e injustamente vítima do sistema. E ontem, dia 22 de fevereiro, foram lembrados os 70 anos de sua execução. A partir desse dia, Sophie e seu irmão Hans viraram mártires na Alemanha.

O roteiro do filme se concentra no que se passou na vida de Sophie depois da distribuição dos panfletos, e dá uma importância extra aos tensos interrogatórios da Gestapo, pelos quais foi submetida antes de sua morte. Prepare-se para roer as unhas.

Já faz uns anos que vi esse filme, mas lembro que me impressionou muito. Quando fui procurar mais sobre ele, também descobri que o personagem do excêntrico juiz que condenou os irmãos Scholl à guilhotina realmente era como mostram no filme: um louco fanático varrido, chamado Roland Freisler. E as cenas dos interrogarórios foram baseadas em transcrições reais nunca publicadas.

3a598a8b55Sophie Scholl. Crédito: Wortbild.de

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Dica de filme: Russendisko (2012)

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O cinema alemão vem mais uma vez nos surpreender (#sóquenão) com uma comédia de temática pós-queda do Muro de Berlim, mas desta vez sobre um tema bem específico: os russos com ascendência judia que imigraram para a Alemanha antes ou logo após a queda do Muro de Berlim. Antes da queda, nenhum russo queria ser judeu. Mas depois que Gorbatschov caiu…todo russo queria ser judeu!

O filme já vale a pena por mostrar esse interessante capítulo da história alemã que eu não conhecia (entre outros milhões, né?). Mas é ainda engraçado, os atores sao ótimos (e gatinhos) e o roteiro super amarradinho. Pra ver comendo pipoca no domingo à noite!

O filme é baseado em um livro homônimo do escritor alemão de origem russo-judaica Wladimir Kaminer. Na verdade, o protagonista também se chama Wladimir, um jovem que em 1990, no auge dos seus 20 e poucos, ganha a cidadania da República Democrática da Alemanha, e logo depois a alemã. Em uma Berlim oriental recém-ocupada (a.k.a abandonada), Wladimir e uns comparsas russos que também foram contemplados com a cidadania, abrem uma discoteca, er…a tal da Russendisko. No meio tempo, se metem em altas enrascadas românticas. Mas não vou contar mais.

Uma pena que o trailer faz o filme parecer um “The Hangover” alemão.

E se quiser comprar o livro Russendisko, aqui está. Eu não conhecia esse autor, mas fiquei bastante interessada nos outros títulos dele! Sua temática of choice, crônicas berlinenses (e como russo, pode descrever com mais propriedade o que foi o “experimento socialista” como ele mesmo se refere), é uma catiguria nobilíssima no mercado editorial alemão atualmente.  Olha aí uma pequena entrevista que achei.

russendisko

O escritor Wladimir Kaminer e o ator que faz o Wladimir, Matthias Schweighöfer (em breve, em um #alemaesqueamamos perto de você).

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Feliz ano novo! E tome Glückschwein!

porquinho da sorte

Folheando uns folhetos do Lidl, notei que o elemento porco estava nova e estranhamente ali, meio onipresente. Entre espumante, fogos, confete e serpetina…lá estava o danado do porco! E eu me perguntei: o que diabos tem o porco a ver com reveillón, minha gente?

Mas, como não podia deixar de ser, o porco, que já era estrela, traz sorte!! Maoooeeee! Isso mesmo, nada de vestir camiseta branca ou calcinha amarela no ano novo. O negócio é carregar um pingente de porco, caprichar num focinho ou arranjar uma outra forma de homenagear o suíno. Na cultura germânica, o porco é animal que representa fortuna, força e felicidade. O bicho é praticamente sagrado!

Outros países também homenageiam o porco, como Japão e China. Mas que eu saiba nenhum desses países ama tanto e come o porco, ao mesmo tempo e na mesma intensidade! Isso, só a Alemanha! É praticamente canibalismo!

Então, meu amigo, se você está em terras teutônicas, não fique a ver navios ao ganhar de presente um porquinho de marzipã no ano novo. Coma e seja feliz!

E aqui fica minha mensagem de feliz 2013 para você, querido leitor das minhas anedotas (em 2012 foram poucas, menos do que eu gostaria, eu sei). Ah, e um ditado popular para a hora dos festejos:

Bier auf Wein, das lass sein
Wein auf Bier, das rat ich dir

(Cerveja depois de vinho? Pode esquecer.
Vinho depois de cerveja? Vá em frente)
*Traduçoes Taminescas Inc.

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Os alemães xingam diferente?

Anão anal: alemães parecem ter fixação anal na área dos palavrões

 “Scheisse”, “Leck mich am Arsch”, “Arschloch”, “Analfrosch” (oi?)…Você, entusiasta da cultura alemã e estudioso do idioma, já se perguntou por que os palavrões nessa língua são quase sempre de cunho escatológico?

Sobre esse assunto, acabei de ler uma matéria genial (mesmo que tenha sido uma tradução, parabéns aos envolvidos. Não é fácil traduzir tantos palavrões para o português ainda mais para um veículo “sério” como é a Deutsche Welle!), compartilhada no Feice pela minha amiga Emília Castro.

Trata-se de uma entrevista com o filólogo alemão Hans-Martin Gauger, autor de uma grande pesquisa linguística sobre xingamentos na Europa. A empreitada deu origem a um livro: “Das Schmutzige und das Feuchte – Kleine Linguistik der vulgären Sprache” (O sujo e o úmido – Pequena linguística da linguagem vulgar).

Por meio da comparação de como os insultos e xingamentos são usados em diferentes línguas e países, Gauger chegou a uma conclusão que algum de nós já imaginávamos: enquanto praticamente o mundo todo xinga referindo-se a coisas sexuais, na Alemanha os xingamentos são todos escatológicos. Em outras palavras, as expressões são “inspiradas” em excrementos.

Nos anais de sua pesquisa (sorry), Gauger descobriu que em todos os países europeus, incluindo Rússia e Turquia, as expressões de baixo calão são “sexualmente orientadas”.

Ao analisar casos famosos, como a famosa cabeçada de Zidane na Copa de 1998 em reposta a uma ofensa do outro jogador “à piranha da sua irmã”, o linguista  explica por quê não faz sentido nenhum na Alemanha chamar alguém de filho da puta!

Aliás, você já pensou sobre isso?

O fato da sua mãe ser uma puta ou a sua irmã ser uma piranha não é necessariamente uma coisa ruim. Ser puta ou piranha não define o caráter de uma mulher. E aí que temos mais uma vez na humanidade uma situação onde os alemães estão certos: os insultos germânicos teriam mais lógica do que os do resto do mundo. Porra, Alemanha!

Aqui tem uma lista dos 50 palavrões mais usados em alemão. Zwar consta “Hurensohn” (filho da puta), mas não sei se seria muito útil na hora de defender a honra da sua irmã durante a final da Copa do Mundo. Acho que “Arschnase mit Analantrieb” seria mais coerente com as análises antropológicas propostas pelo linguista da matéria!

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 Capa do livro de Hans-Martin Gauger

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Dica de filme: “Oh boy” (2012)

Semana passada fui ao cinema e vi “Oh Boy” (2012), um filme alemão recém-lançado aqui. Niko, protagonista vivido pelo ator Tom Schilling, largou a faculdade de direito e vive um momento de crise existencial. Vagando por uma Berlim retratada em preto e branco em mais um dia de cão, tenta comprar um simples cafezinho no café mais próximo. O que ele não esperava era ter que pagar 3,40 Euros por um espresso. Pô, Berlim não era pobre?

A barista tenta explicar a diferença entre os vários tipos de café ali oferecidos. Mas não. Niko quer apenas um café normal, preto. “Temos leite de soja!”, diz a moça. Não, peloamordedeus!

Ou quando ele vai a hamburgueria mais trendy de Berlim, White Trash, e a rude garçonete, provavelmente americana, o atende em inglês, muito embora ele fale alemão com ela. Na boa, Niko, se você não tivesse ido àquela cafeteria trendy ou à hamburgueria trendy, eu não estava aqui falando sobre isso.

Depois fui me dar conta de quantos filmes vi nos últimos três anos que têm a capital alemã como pano de fundo. Muitos. Estariam os roteiristas alemães meio limitados das ideias ou seria a cidade o cenário ideal para falar sobre algumas problemáticas das metrópoles modernas?

Não, minto. Alguns filmes que eu vi se passaram em Hamburgo. Mas quem liga? Berlim é a cidade do momento. Todas as nações do mundo se encontram ali e há mais tolerância ao novo do que em qualquer outra capital européia. A cidade vive todos os tipos de boom: imobiliário, turístico, histórico, fashion.

Mais do que tudo, Berlim também combina muito com a crise. Berlim é “pobre, mas sexy”, e esse slogan cai muito bem para os jovens europeus que, sem emprego, tentam se encontrar em uma grande massa de proletariado criativo, envolvidos em “projetos paralelos”.

Quer uma carreira? Vai para Düsseldorf ou Munique. Quer uma vida lúdica, dinâmica, colorida? Vai para Berlim – e receba ajuda social. Brincadeirinha.

Afinal, qual é a de Berlim? Lembra daquela história de que os parisienses são mal humorados e deixam suas mochilas e bolsas no banco vazio no trem lotado? Agora tem o “echter Berliner”, o verdadeiro berlinense. Ele não tolera mais o deslumbre dos turistas e o preço inflacionado de tudo o que na verdade era dele, só dele. Ele é chato e rabugento. Ele está em extinção.

De quem é a cidade? De quem é a metrópole? Berlim é de todos.

Texto escrito essa semana para o Blog do Noblat.

Até certo momento você pensa que o filme não vai abordar nada histórico e que a cidade é apenas um cenário para um dia de cão do personagem de Tom Schilling, em uma vibe meio filme de Woody Allen. Mas não. É impossível falar de Berlim sem tocar no passado, na sua história. Berlim é história e, principalmente, muito recente. Acho que nunca vi Berlim tão boêmia em um filme antes. Vale a pena!

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Trend do momento: visu “ökig”

Estava mais uma vez dando uma olhada em leilões no Ebay (#viciada) dos sapatos da marca espanhola El Naturalista e fiquei triste. Eles são caríssimos e estão entre as poucas coisas caras que estão na minha lista de sonhos de consumo (a outra são os sorvetes Ben & Jerry’s). Já experimentei na loja e eles são MUITO confortáveis, resistentes, duráveis e bonitos. Oh wait.

São bonitos mesmo?

Na verdade eles são horrorosos.

Minha história com esses sapatos é uma história de superação. Por anos venho tentando adequar meu guarda roupa ao padrão alemão, para que desta forma eu me sinta mais inserida na sociedade teutônica. Para atingir tal meta, já faço uso das seguintes peças:

  • Tops longos por baixo da blusa, o que desfavorece meus quadris, porém protegem meus rins do frio;
  • Casacos de chuva esportivos que me deixam sequinha, mas com corpo de saco de batata;
  • Sandálias de gringo, pois deixam menos bolhas em pés de princesa desacostumados do que as Havaianas;

Mesmo depois de ter feito tais escolhas vitais, sinto que ainda estou muito longe de atingir a minha meta do “fit in” e um sapato El Naturalista me faria dar um passo grande rumo a este objetivo de vida. Os sapatos me dariam um visu ökig, super na moda atualmente.

Sacou? ÖKO = ÖKIG Visu ecológico no sentido meio pejorativo. Os criativos alemães inventaram um adjetivo que se refere a pessoas que levam um estilo de vida “ecológico”, ou seja, öko, e revelam nas roupas suas escolhas sustentáveis. Vamos a alguns exemplos:

“Nossa, essa doida tá muito ökig pro meu gosto”.
“Ah não, esses sapatos me fazem parecer muito ökig!”
“Iiiiiih, lá vem a galerinha ökig tentando invadir o pedaço!”

Entendeu? Existem marcas que são queridinhas dos ecos. El Naturalista é uma delas. Naturalmente, ser öko na Alemanha é para poucos. Estava lendo uma resenha sobre os sapatos e alguém escreveu: “Os sapatos são muito bons e confortáveis, porém me deixam muito ‘ökig'”. Foi aí que me deu um insight.

Como sou muito observadora, notei que as verdadeiras mulheres descoladas jovens alemãs não andam no inverno com simples botas de couro. Elas andam com botas “ökig” que custam o olho da cara e vêm em cores vivas e têm costuras aparentes que atravessam o sapato. É muito feio, minha gente. Mas eu quero ser descolada, tá me entendendo?

Demorou para que eu construisse um padrão sapateiro das mulheres alemãs. Mas depois que conheci esta marca, tudo se encaixou perfeitamente, além de ter me ajudado a finalmente concluir que não existem sapatos bonitos na Alemanha  (sim, eu sei que a marca é espanhola, mas acho que eles foram feitos para os milhares de alemães que lá residem). Mas mesmo assim eu quero um sapato El Naturalista. Partiu crowd funding?

Outro exemplo de peça “ökig”: pullover norueguês

Crédito: www.streetrunway.de

Como você pode perceber, o uso de materiais naturais, de preferência lã orgânica ou feltro de animais ist angesagt. É fashion, saca? Mas só para quem pode. Se interessar, visite os sites dessas lojas: Luzifer (sério?) e Mrs. Hippie e dê uma olhada no que está disponível no varejo.

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A marca dos duendinhos

Lembra daquele meu post onde comento sobre as roupas de duende (ou gnomo, whatever) que são a última moda infantil para pais descolados aqui na Alemanha? Na época eu ainda não tinha filho e não conhecia uma marca específica para citar aqui. Ah, e nem sabia também que os alemães chamam criancinha de Zwerg (duende)  e outros nomes interessantíssimos do ponto de vista antropológico que merecem um post à parte.

Pois é, menina(o), mas eu estava passeando com meu filho aqui pelo meu bairro descolado e passei na frente de uma loja de roupas onde finalmente encontrei o vestuário gnomístico disponível para a venda. Mas ó, estava muito errada ao achar que era uma coisa de hippies sem dinheiro. Esses hippies devem ser concursados ou trabalhar em grandes bancos, só pode.

O nome da marca é Finkid, e faz tanto sucesso entre os pais öko que a empresa agora tem uma linha para mulheres chamada Finside. O slogan não poderia ser mais deutsch: explore mother nature.

Com essa filosofia aplicada especialmente às criancas, a ordem é vender roupa pra criança brincar ao ar livre. E aí, meu amigo, fica caro, principalmente porque são roupas para o frio (a marca é finlandesa). Materiais resistentes a sol, chuva, canivete e neve e ainda materiais orgânicos e fabricados por mão de obra friendly seguindo preceitos ecológicos e éticos. Resumindo: não é pra quem compra bóris na H&M, costurados em 35 segundos por um chinês com L.E.R.

Sim, mas eu tava falando dos duendes! Olha aí esse casaquinho. Tudo com esse capuz de gnomo se chama “Zwergen” alguma coisa. Se você quiser procurar no sistema de busca deles “cuequinha de gnomo” coloque: Zwergen unterwäsche e boa sorte!

E você? Conhece alguma outra marca de roupas-ecológicas-de-duendes na Alemanha para me ajudar a montar um enxoval pro meu filho (#not)?

Este post infelizmente não é um publieditorial.

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Checklist de outubro

  • Ignorar todas as notícias sobre Oktoberfest. Porque você nunca ligou pra isso mesmo;
  • Entocar no armário flip flops e sapatilhas “ballerinas”. Você não vai mais precisar disso;
  • Começar a se preparar para comer tudo com maçã e pêra, incluindo o que é provavelmente o único doce que eu não gosto no mundo: selbstgemachtes Apfelmuß;
  • Se você, como eu, está planejando fazer um calendário do advento DIY pro seu filho ou algum ente querido, esta é a hora de começar a planejar. Eu gostei desse aqui, por exemplo. Bem simples.
  • Começar a tomar pó de Hagebutte para melhorar a imunidade quando chegar o inverno. Você sabia que os alemäes têm essa frutinha que é super rica em Vitamina C (muito mais que laranjas), mas nao valorizam a prata da casa e preferem importar pó de acerola de nossas paradas?
  • Aproveitar esse início de outubro, porque tá bem gold esse  começo de Herbst, viu?

Lembrando que este post (atrasado, para variar) é inspirado no site Vida Organizada.

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Em manutenção, mas pode ficar

Só avisando que o blog está passando por algumas reforminhas. E eu sou indecisa. Oremos.

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Dica de filme: Iron Sky (2012) ✮✮✮✮

Começando o post curta e grossamente: aposto que vocês passaram batido por esse filme. Ele não é tão tosco quanto parece!! Ou melhor, é, mas isso é bom!

Baixei Adquiri por cortesia através de conexão rápida de Internet ontem e não estava esperando nada. A premissa da história é que os nazistas sobreviveram à Guerra e foram morar na Lua, ou melhor, no lado mais escuro dela, e lá continuaram se reproduzindo. Depois de muitas décadas, em 2018, querem invadir a Terra em uma época em que a Sarah Palin é presidente dos Estados Unidos. “The Reich strikes back”, sacou?

Eu li essa sinopse e fiquei com vontade de ver o filme, porque né, “moon nazis” parece por si só muito engraçado.

Qual não foi a minha surpresa ao constatar que o filme é super B. No início achei até bem deselegante as piadas com a história do Nazismo e tal, mas depois corri pro abraço. É divertido, inteligente e bem feito, com ótimas sacadinhas e atuações dignas. De quebra, dois atores alemães de peso: Götz Otto e Udo Kier, Só não é tão original porque outros sujeitos com menos dinheiro já exploraram devidamente o tema Nazismo na catiguria de filmes B, criando praticamente uma sub-categoria de chanchadas nazistas. Ok, esta última foi por minha conta.

Iron Sky é uma cooperacão Finlândia/Alemanha/Austrália e custou “apenas” 7,5 milhões de Euros (o efeitos são joinha!), sendo que 1 milhão foi conseguido por Crowdfunding. A popularidade do diretor finlandês Timo Vuorensola ajudou. É dele o “Bruxa de Blair” do sci-fi B (um pouco redundante, mas vá lá): Star Wreck (2005), feito com apenas 15 mil Euros.


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Check list de setembro!

Inspirada no site Vida Organizada, pelo qual sou viciada, pensei que seria de boa ajuda fazer uma listinha aqui das coisas que você pode fazer ou comecar a programar no início de cada mês na Alemanha. Shall we?

SETEMBRO

  • Ficar deprimida com o vindouro fim do verão (oi?) e talvez começar a fazer alguma coisa para mudar isso (me refiro à depressao, e nao ao fim do verão. Este não dá pra mudar).
  • Se bewerbar para trabalhar nos fofíssimos Weihnachtsmärkte (mercados de Natal) da sua cidade.
  • Falando em Natal, começar a pensar nos presentes. É sério. Por três anos fiz tudo em cima da hora e me ferrei. A troca de presentes é muito valorizada na Alemanha e você tem que mostrar pelo menos a intenção de querer ter feito uma super produção no empacotamento dos presentes.
  • Fazer bolos e tortas com ameixinhas (tem que fazer, é obrigatório) e convidar pessoas para a hora do café pagando de doceira.
  • Aproveitar as últimas semanas de calor para gastar todas as roupas de verão possíveis antes de armazená-las debaixo da cama.
  • Aproveitar as últimas semanas de tempo não gelado para fazer os últimos churrascos do ano, dessa vez com direito à fogueira.
  • Se programar para ir catar cogumelos na floresta no final de setembro (temporada). É hora de reservar o bungalô!
  • Se você tem jardim, hora de dar a última cortada na grama e cuidar das últimas colheitas (depois só tem repolho e aipo!).
  • Fazer o máximo de geléias possíveis com os últimos restos das frutas de verão. Talvez morangos? Frutas vermelhas?
  • Observar o amarelar das folhas e ir tirando muitas fotos.
  • Providenciar apetrechos anti-chuva, tais como, capa de chuva, galochas, guarda-chuva, etc, e deixá-los na entrada da casa logo para evitar stress.

E você, tem alguma dica para este mês?

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Flammkuchen para idiotas

Foto do ótimo blog alemão Delicious Days

Você já comeu um Flammkuchen na Alemanha achando que era pizza? Eu também! Aqui o povo acha que o Flammkuchen é um pizza a la francesa. Mas como bem lembrado pela Carol Nogueira, não é exatamente francesa e sim alsaciana, devido à origem da especialidade (a região da Alsácia faz fronteira com a Alemanha. Já eu, tenho uma outra definição: pizza de pobre!

A massa bem fina, que vai por poucos minutos ao forno bem quente, coberta de sour cream, cebola roxa e pedacinhos de bacon ou presunto defumado é bem pobretona em comparação a uma pizza. Mas por favor não subestimar o sabor: fica uma delícia! E um pouco mais light para aqueles que estão pensando na dieta.

No momento que tirei o meu primeiro Flammkuchen selbstgemacht do forno, pensei: tenho que escrever um post sobre isso! <blogueira vive tendo insights como esse>

É simplesmente uma das coisas mais fáceis que já fiz envolvendo massa. Ou melhor dizendo, mão na massa. Adoro cozinhar, mas minha praia é comida. A área dos pães e doces é sempre muito obscura quando me aventuro a experimentos. Meu medo mor era aquele lance de abrir a massa. Ao ler essas palavras já me dava calafrios só de pensar na sujeira e na cena da “farinha para todo lado”, como é típico de quem põe a mão na massa.

Mas o Flammkuchen não tem sujeira nenhuma! Juro! E dentre peneirar a farinha e colocar a massa pra crescer gastei menos de 30 minutos. “Ei, mas como abre a massa então?” Esse é o segredo! Você abre a massa direto na assadeira! <wait, só eu achei isso a descoberta da pólvora (por sinal, um alemão inventou a pólvora, você sabiam?)?>

“Mas eu não tenho rolo!” > Meu amigo, qualquer objeto cilíndrico tá valendo, desde que você tenha habilidades motoras. Eu usei um pote de papinha de nenêm. Mas recomendo fortemente a aquisição desta paradinha aqui (vi no You Tube uma mulher usando):

Como é pequeno, não cria trambolho na sua cozinha! Não é genial? Em alemão: Nudelholz ou Teigröller. Eu brevemente vou adquirir um kit de padeiro para o meu filho e deve vir com um mini rolo. Vou correr pro abraço, maninho!

Receita de Flammkuchen

  • 300g de trigo
  • 175ml de água morna
  • 1/4 de colher de chá de sal
  • 1/2 colher de chá de açúcar
  • 1/4 de uma barrinha de fermento químico
  • 3 colheres de sopa de óleo
  • bacon cortado em cubinhos
  • cebola roxa em rodelas bem finas
  • sour cream (Schmand ou Créme Fráiche) temperado com sal e pimenta à gosto

Sempre tenho medo de fermento químico! Mas dessa vez deu certo. Dissolvi o pedacinho em um pouquitititio de água e misturei com o açúcar. Na vasilha já com a farinha e o sal, abri um buraco e joguei a mistura do fermento, o óleo e a água. Eis que chega o momento inevitável de colocar a mão na massa (depois de misturar tudo com a colher para incorporar um pouco a gororoba). Mas vá com fé que vale a pena. Aperte bem a massa até ela ficar bonitinha e lisa, pode ser dentro da vasilha mesmo (melhor se ela for mais larga tipo uma bacia). Não precisa se dedicar muito, vai ficar bom de todo jeito, eu garanto. Ligue o seu forno por 2 minutos e deixe ele quentinho. Desligue. Coloque agora a vasilha coberta com a massa lá dentro para descansar por 30 minutos. Vá tomar banho ou colocar o bebê pra dormir. Tire a vasilha do forno. Viu como cresceu? Agora divida essa massa em 2 partes. Pegue uma assadeira grande e larga e bote um papel manteiga por cima, assim não precisa untar! Não é o máximo? Eu sou a favor de evitar a fadiga sempre, ainda mais na cozinha.

Agora pegue a metade da massa e abra já no papel manteiga com o rolinho ou com o que estiver disponível. Abra o máximo que puder (por isso a assadeira tem que ser bem larga). O ideal e que a massa fique bem fina, não importa se ficar em forma de pele de urso (é até mais bacana, fica mais rústico). Depois de aberta a massa, passe o creme azedo por cima, sem medo de ser feliz. Pode colocar bastante. Depois o bacon e as rodelas de cebola (pode abusar, não seja mesquinho nas cebolas porque elas encolhem e somem!). Fica mais ou menos assim:

Vai para o forno pré-aquecido à 250°C por 10 a 12 minutos! Pronto, fertig!

Para quem gosta de blogs de comida, olha aqui uma receita de Flammkuchen do blog alemão Delicious Days.

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Maooooe: novidades na praça!

Olá a todos!

Estou pensando em como tornar as coisas mais divertidas por aqui. Tenho tido algumas ideias…mas me falta ainda coragem tempo para colocar em prática. Mas me aguardem que estou com planos mirabolantes para este blog!

Enquanto isso, vocês podiam ir lá curtir a página de fã do blog no Feice, hein?

Ah, mudando de assunto, eu não sei se notaram aí no menu à direita os dizeres Meu Novo Blog?

Pois é, se chama Bebê Natureba e é sobre assuntos relacionados ao universo dos bio-bebês, bebês biônicos, sabe? Desde que meu filho nasceu, preciso compartilhar com o mundo as coisas pitorescas sobre esse mundo de bebês e bio-vida na Alemanha. Não que eu necessariamente faça parte deste clubinho, mas me interessa do ponto-de-vista das observações antropológicas. E também não queria misturar os assuntos aqui neste blog. Vão lá!

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Lufthansa Cocktail



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